Thomas hobbes
“O filósofo Hobbes foi o único que viu adequadamente o mal e o remédio, que ousou propor reunir as duas cabeças da águia e remeter tudo à unidade política, sem a qual nem o Estado, nem o governo jamais serão bem constituidos.” Jean Jacques Rosseau
Thomas Hobbes é um filósofo contratualista, ou seja, para ele a origem do Estado/Sociedade está num contrato. Esse autor, segundo Norberto Bobbio, importantíssimo filósofo político e historiador do pensamento político, é a figura mais alta na criação do modelo Jusnaturalista. Esse modelo tem sua origem na dicotomia entre o Estado Natural e o Estado Civil. Para Hobbes não há contraposição entre o estado de natureza e civil. Sendo o estado de natureza o ponto de partida para análise da origem e do fundamento do Estado, ou seja, um estado em que a política é indiferente. Entre o estado de natureza e o estado político, civil, há uma relação de contraposição, no sentido de que o estado político surge como antítese ao estado de natureza (do qual é chamado a corrigir ou eliminar os defeitos). A passagem do estado de natureza ao estado civil não ocorre necessariamente pela própria força das coisas, mas através de uma ou mais convenções (PACTO DE UNIÃO), ou seja, através de um ou mais atos voluntários e deliberados dos indivíduos interessados em sair do estado de natureza, ou seja, a legitimação da sociedade política se dá pelo CONSENSO. No entanto, o Estado não surge apenas pelo consenso, mas preponderantemente pela necessidade. O ponto de partida da análise não é um estado de natureza genérico, no qual os homens teriam vivido antes da constituição do Estado, mas a sociedade natural originária, a família, que é uma forma específica, concreta, historicamente determinada, de sociedade humana. Da família até o Estado Político atual aconteceram evoluções intermediárias (aprimoramentos) por isso família e estado, na concepção de Hobbes, não se contrapõem. O Estado deve ser concebido como uma