thiago
Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia
Prof. Dr. Sergio Pilling
Aluno: Alexandre Bergantini de Souza
Will Robson Monteiro Rocha
Aula 4 - Panspermia, Cometas e Meteoritos
1. Introdução
A origem da vida na Terra tem sido motivo de estudos e debates científicos ao longo de várias décadas. Nesse contexto, existe a ideia de que a vida originou-se a partir de matéria-prima oriunda do espaço. Ela estava abrigada em meteoritos e cometas que se chocaram com a Terra primitiva. Essa teoria é chamada de Panspermia.
Já foi estabelecido que fragmentos de rocha, podem ser ejetados de superfícies planetárias como resultado da colisão de asteróides e cometas. No entanto, que essas rochas teriam o potencial de abrigar microorganismos e de entregá-los de forma viável em outro corpo planetário. Meteoritos Lunares e
Marcianos evidenciam que o processo de transferência de rochas vem acontecendo ao longo da história do
Sistema Solar[1].
Panspermia é definida como a hipótese que discute a possibilidade de que a vida, seja ela microbiana ou não, seja distribuída pelo Universo, de forma natural ou artificial, através de fragmentos/corpos de origem planetária ou lunar. A panspermia, em suas várias formas, procura explorar o problema da propagação e dispersão de vida em um contexto cósmico, sem com isso necessariamente discutir a difícil questão da origem da vida. Ela sugere que a vida não necessariamente surgiu apenas uma vez, mas tendo iniciada pode se espalhar e se desenvolver em locais adequados. Ainda, a panspermia busca conhecer as propriedades da vida na Terra, em particular a vida bacteriológica, e analisar a viabilidade de uma viagem de organismos vivos de um local astronômico a outro. As evidências de ejeção de material de superfícies planetárias, da evolução da dinâmica orbital destes fragmentos, e da sobrevivência a chegada a outro corpo celeste são as bases de estudo da panspermia interplanetária e interestelar. 2. Panspermia