The South Sea Company
Harvard Business School
Professor: Vinicius de Bragança
Constança Loureiro
Isabella Leite
Mariana Prado
Rebeca Grossmann
Renata Serson
Stephanie Bader
3A - 2015
Em 1690 cerca de 70% do orçamento do governo Inglês era destinado para gastos militares, financiando principalmente a Guerra dos Nove Anos e a da Sucessão da Espanha. Somado a isso, o governo ainda havia contraído empréstimos de curto prazo e, por isso, aqueles que haviam comprado títulos públicos não possuíam garantia de retorno, uma vez que a prioridade da Inglaterra era pagar as dívidas. Essa conjuntura fez com que as taxas de juros subissem e chegassem a um patamar extremamente alto, entre 20% e 40%.
Em 1709 a situação econômica da Inglaterra contribuiu para a mudança do governo vigente e a nova regência não possuía apoio das principais instituições financeiras. Como uma alternativa, a nova gestão, comandada por Robert Harley, iniciou uma consultoria com os diretores da firma Sword Blade Company. Essa parceria, além de ajudar na solução da crise, também transformou a relação entre iniciativa privada e governo britânico. Um dos frutos dessa junção foi a criação de um novo instrumento econômico que visava a diminuição do custo de serviço da dívida nacional; assim, foi fundada a The South Sea Company.
A companhia possuía o privilégio do monopólio de exploração das terras Sul-Americanas e tinha o papel de intermédio das trocas de mercadorias. Em 1711, firmou-se um acordo que, em troca da permissão para emitir ações, a empresa assumiria parte da dívida do governo inglês. Com o fim da guerra de Sucessão da Espanha, a companhia também passou a atuar no tráfico de escravos africanos para as colônias espanholas, exemplificando os primórdios da diplomacia entre as duas nações. Esta atividade, no entanto, não durou muito por não se mostrar lucrativa. Por outro lado, como intermediária do comércio, após um período de ajuste, a companhia ficou muito rica o