Paralelo entre Hobbes e Locke
Palmas, 05 de março de 2015
Aluno: Diêgo Leite Paes
Curso: Direito
1º Período
Professora: Munique Daniela Maia de Oliveira
Do centralizador ao liberal
Uma análise sobre as ideias de Hobbes e Locke abordadas em seminário
2015
Do centralizador ao liberal
Advindos do Século das Luzes e com ideias muito além de sua época, Thomas
Hobbes e John Locke são grandes exemplos de filósofos contratualistas. Suas ideias influenciam séculos de história, e partem do pressuposto que anteriormente o homem vivia em estado de natureza e através de um contrato social iniciam a criação de um
Estado. Mas, embora partam de ideias em comum, possuem grandes divergências.
Para Hobbes, no estado de natureza os homens viviam em um estado de guerra onde não existia a propriedade, mas liberdade ilimitada. Nele há uma competição constante entre os mais fortes e os mais fracos. Por isso, é necessário que haja um poder acima das pessoas, para que o instinto natural seja controlado. Devido a isso, Hobbes defende a ideia que as pessoas devem entregar seus direitos a um governante para que ele tome as decisões pelo povo. Se trata de um “contrato de submissão” onde todos transportam seu poder para o Estado visando garantir a segurança.
No caso de Locke, os homens viviam em relativa paz e harmonia no estado de natureza. Nele os homens possuíam a razão e a propriedade, que significa vida, liberdade e bens. A terra é um direito comum de todos, já que foi dada por Deus, e a partir do trabalho ela se torna particular. Mas nada impedia que um homem invadisse a propriedade do outro, e isto leva a criação do contrato social. Para Locke o contrato tinha como objetivos principais proteger a propriedade privada e garantir os direitos que o homem já possuía no estado de natureza. Vale lembrar que aqui se trata de um “contrato de consentimento” e através do voto da maioria seria escolhida a forma de governo.
Os dois possuíam posicionamentos diferentes, mas ligados