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Os arqueólogos têm sugerido que a pirâmide torta teria sido concluída às pressas, o que teria exigido uma redução na sua altura e explicaria seu formato, o que é corroborado pelo fato das pedras da parte superior da obra terem sido assentadas com muito menos cuidado do que as da parte inferior. Também pode ter ocorrido que o ângulo de inclinação da pirâmide tenha sido reduzido pelo arquiteto para tentar diminuir o volume imenso de esforço sobre as paredes das câmaras internas que, acredita-se, poderiam estar apresentando rachaduras durante a construção. Cada face da pirâmide mede, aproximadamente, 189 metros em sua base e sua altura deve ter sido de 102 metros, correspondente a um prédio de 34 andares. Entre todas as pirâmides ainda existentes, essa é a que está externamente melhor conservada, pois nenhuma outra preserva tanto do revestimento feito com a pedra calcária da localidade de Tura. Um visivel aperfeiçoamento no método de aplicação do revestimeto e de colocação dos blocos deve ser a causa dessa maior durabilidade.
Inédita também se apresenta essa pirâmide pelo fato de possuir duas entradas: uma em sua face norte e outra na face oeste. Mais ou menos no centro da face norte e a uma altura de cerca de 12 metros do solo, uma abertura dá acesso a um corredor descendente (1), estreito e de teto baixo, que penetra inicialmente na pirâmide e depois no solo rochoso. A uma distância de aproximadamente 73 metros e 60 centímetros da entrada torna-se plano por cerca de 80 centímetros e, nesse ponto, sua altura sobe para 12 metros e 65 centímetros, formando um vestíbulo estreito e majestoso com mais ou menos cinco metros de comprimento (2). Imediatamente após surge a primeira câmara mortuária (3) que mede seis metros e 24 centímetros por 11 metros e 27 centímetros e tem altura de cerca de 17 metros. Seu piso foi elevado, por meio de blocos de pedra, a uma altura de seis metros e 24 centímetros acima do piso do vestíbulo. O mais interessante nessa