textos autobiográficos
O diário é um género autobiográfico em que toda a escrita se organiza em função do eu que escreve, ou, mais exatamente, se escreve. Assim sendo:
O diário apresenta uma visão do eu, dos outros e do mundo absolutamente subjetiva;
Utiliza a 1ª pessoa;
Os acontecimentos narrados situam-se no presente;
Pode revestir-se de um carácter intimista (revelação do universo interior do eu, confidência), descritivo (impressões de viagem, relato de experiências várias- profissionais, desportivas ou outras) ou reflexivo (reflexões mais ou menos filosóficas determinadas por vivências ou por leituras).
O texto do diário tem um carácter fragmentário, e muitas vezes descontínuo, na medida em que cada dia corresponde uma experiência, uma reflexão, uma confidência, que pode ou não ter continuidade em outros dias.
O diário funciona como o espaço de confidência, às vezes até de criação de um interlocutor imaginário.
Autobiografia:
A autobiografia é, como o nome indica, uma biografia redigida pelo próprio.
Sendo um relato do passado, é um tipo de texto que utiliza o modo narrativo; Utiliza a 1ª pessoa; Os acontecimentos são organizados cronologicamente;
O autor é o protagonista, que narra os acontecimentos de uma forma subjetiva;
O relato autobiográfico tem, em geral, um carácter mais expressivo do que informativo.
Carta:
Utiliza a 1ª pessoa;
O autor é o sujeito de enunciação;
A carta é escrita sobre si mesmo e/ou sobre outrem;
Pode estar presente ou ausente de uma ordem cronológica;
Os acontecimentos narrados situam-se no passado e/ou no presente.
A carta pode ter um carácter fragmentário.
Intenção dialógica (implícita ou explícita).
Memória:
Utiliza a 1ª pessoa;
O autor é o sujeito de sujeição;
É escrita por si mesmo;
Pode estar presente ou ausente de uma ordem cronológica;
Os acontecimentos narrados situam-se no passado;
É um texto predominantemente narrativo.
Autorretrato:
O autor tenta transmitir as suas características a quem o