Texto violência na bahia
"Do rio que tudo arrasta se diz que é violento. Mas ninguém diz como são violentas as margens que o reprimem".
(Bertolt Brecht) A criminalidade cada vez mais banalizada entre nós vem adquirindo enormes proporções, principalmente no estado da Bahia, fazendo do medo um estado de espírito comum em nossa cidade. A Constituição estabelece que o Estado seja responsável pela preservação da integridade física e patrimonial das pessoas. Possuem direito a esta proteção todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país e mesmo aqueles que estejam de passagem pelo território nacional. Diante disto, é questionado se somente o Estado é o responsável pela preservação da ordem pública. Embora não seja um problema apenas dos grandes centros, é nas cidades que se presencia um maior crescimento das práticas delituosas. Pode-se dizer que a repressão, isoladamente, não é eficaz no controle da criminalidade, ela deve atuar juntamente com os métodos preventivos, tornando urgente na atualidade a aplicação de medidas que venham a minimizar a onda crescente de violência. A violência na Bahia não é apenas uma questão de polícia e não será resolvida com o aumento do número de policiais ou vagas nas penitenciárias. O falecimento de um trabalhador ou mesmo de um marginal possui conseqüências para toda a sociedade trazendo a tona à sensação que a realidade está cada dia mais próxima e o número de homicídios, furtos e assaltos comprovam que alguma coisa está errada e tem que mudar urgente. A população baiana clama por segurança e imploram por melhoria das condições de vida e políticas sociais. A pobreza não justifica a criminalidade. Essa associação entre miséria e violência não é absoluta, servindo apenas para desviar a atenção da opinião pública da real situação existente, além de criminalizar a pobreza. Nas ruas baianas, existe atualmente uma guerra onde muitos saem para o trabalho diário, mas não sabem se irão retornar. A população não