Uma análise histórica sobre o carnaval de Salvador
O texto introdutoriamente relata aspectos da cidade turística chamada Salvador e resumido e etimologicamente fala sobre o carnaval, cujo verbete deriva do italiano “carnevale”, para os cristãos, festa profana.
Além disso, discorre historicamente sobre as origens do carnaval, o qual foi introduzido no Brasil pelos portugueses, no século XVII, com o nome Entrudo. Este era uma festividade em curto tempo, de domingo a quarta-feira de cinzas, consistia em batalhas cujas armas eram cinzas, água, milho, areia, ovos podres, enfim, artefatos que eram arremessados contra outros. Por causa da violência foi proibida em 1685, no Rio de Janeiro, e na Bahia, 1842. Diante disso, O Estado fomentou o carnaval, proibindo o Entrudo. Em 1870, o carnaval é vivenciado em Salvador, porém entra na história em 1884, com a não realização do Entrudo. A partir de então houve a institucionalização da festa do carnaval; havia situações que era imprescindível a atuação da polícia; as manifestações afro carnavalescas negras do século XIX eram percebidas de modo hierarquizado; no início da década de cinqüenta Osmar Macedo e Adolfo nascimento, Dodô, resolveram restaurar o Ford 1929 e ano seguinte surge o Trio elétrico, conquistando a graça do povo e se perpetuando na festa; na década de sessenta a classe média branca e elites locais organizadas em grupos formam os famosos blocos. Outras manifestações foram surgindo como o bloco dos índios, o qual recebeu restrições para desfilar pelas autoridades policias, pois revela que havia um gosto pela violência por parte dos foliões; na década de oitenta surgem os blocos de trio organizados em moldes empresariais, delimitados durante os desfiles por cordas, sendo estas interpretadas como identitário, protetivo e privativo, e, assim, reintroduzindo uma hierarquia social pelo espaço público da festa; e, na década de noventa, com a incorporação de Ondina Folía, é marcada pela preocupação com a organização do carnaval e o crescimento da festa,