TEXTO LIBRAS
RESENHA SOBRE O CAPÍTULO QUATRO DO LIVRO
“A SURDEZ: UM OLHAR SOBRE AS DIFERENÇAS”
PORTO ALEGRE
O quarto capítulo do livro de Carlos Skliar “A surdez: um olhar sobre as diferenças”, sendo este capítulo de autoria de Madalena Klein, revela a tentativa de normalização a qual as pessoas surdas são submetidas no ambiente escolar e de trabalho.
A autora que é assistente social, baseia-se em suas experiências e na leitura de diversos autores que abordam o tema surdez. Segundo a autora, os discursos ligando surdez à questão médica, reforçam que a escola, além de um espaço de aprendizagem, representa uma proposta clínica de atendimento aos alunos surdos. E muitas escolas de surdos, apresentam uma pedagogia ortopédica, que muito mais do que educar, pretende corrigir.
Muitos discursos mostram a surdez como uma deficiência a ser superada, sendo o trabalho libertador, permitindo autonomia ao sujeito surdo. As escolas de surdos atuam diretamente neste ponto, formando surdos trabalhadores. A ideia de a surdez ser algo a ser reabilitado, é antiga, mas ainda presente nas escolas para surdos. Nos dias atuais, encontramos diversos programas de “reabilitação” para jovens surdos, como se eles já tivessem falhado para necessitar de uma reparação.
As escolas para surdos da América Latina dão ênfase ao trabalho e ao treinamento profissional dos jovens surdos, oferecendo diversos projetos voltados para essa área. Nota-se que há um consenso entre os educadores de surdos, de reconhecerem certas áreas de atuação como próprias para surdos, como por exemplo, informática e desenho, pois estas atividades requerem concentração e atenção, atributos ligados às pessoas com surdez. Isso faz com que escolas de surdos sejam consideradas agências de emprego, pois são procuradas pelos jovens e suas famílias para suprirem a necessidade de um emprego e independência financeira.
Os movimentos de pessoas portadoras de deficiências junto com associações de