Resumos de textos de libras
Karin Lílian Strobel
Como começou a inclusão de surdos nas escolas regulares? Com a Declaração de Salamanca4 (BRASIL, 1997) decorre a política educacional ‘inclusiva’ que, na verdade, trouxe para os sujeitos surdos a inversão da vida comunicativa: incluir para excluir do processo educacional.
A política evidenciada na Declaração de Salamanca foi adotada na maioria dos países e inspirou a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (BRASIL, 1996). Todavia se, na LDB, em um de seus capítulos sobre a educação especial, há a ênfase e a inclusão de parâmetros para a integração/inclusão do aluno especial na escola regular - na Declaração de Salamanca (BRASIL, 1997) há a menção à situação lingüística dos surdos e se defende as escolas e classes para eles (artigo 21, p. 30). O problema é que os governos não respeitaram essa ressalva e trataram os surdos como os demais alunos.
Hoje o Brasil conta com várias classes especiais, salas de recursos, ou seja, espaços educacionais para surdos dentro de escolas regulares para garantir o atendimento de alunos surdos matriculados nas diferentes escolas brasileiras e também escolas para surdos,
Hoje o povo surdo identifica-se como ‘surdo’, que forma um grupo com as características lingüísticas específicas, cognitivas e culturais, sendo considerados como diferença!
Fernandes (1998, p.21) descreve o comovente momento do povo surdo, na sua dissertação de mestrado:
(...) resistindo às pressões da concepção etnocêntrica dos ouvintes, organizou-se em todo o mundo e levantou bandeiras em defesa de uma língua e cultura próprias, voltando a protagonizar sua história. A principio, as mudanças iniciais vêm sendo percebidas no espaço educacional, através de alternativas metodológicas que transformam em realidade o direito do surdo a ser educado em sua língua natural.
Na concepção educacional atual, a inclusão dos sujeitos surdos em escolas de ouvintes é a forma