Texto Lento - Técnicas de Expressão Escrita
4250 palavras
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É manhã, nem uma brisa se sente no ar. Um dia perfeito para se passear ou relaxar. O ar está abafado e quente, o sol brilha com intensidade, ofuscando as flores e árvores que se enchem de cores nesta altura do ano. Estavam reunidos todos os ingredientes para um passeio pela montanha, como o homem, já velho, costumava fazer sempre que podia e que as suas pernas, já enrugadas e com os ossos já frágeis, deixavam. Assim começava o velho a subir a montanha, com todo o seu fulgor. Arrastou a sua mão até ao bolso das suas calças de ganga de cor azul, já um pouco rotas no joelho esquerdo, e sentiu o seu velho canivete suíço, já a dar de si, alguns utensílios do canivete já estavam estragados ou partidos, em que apenas a sua fiel navalha continuava capaz de o auxiliar, canivete esse que trazia sempre consigo caso existisse alguma emergência, nesse mesmo bolso sentiu também a sua bomba de asma para tomar caso se sentisse demasiado cansado. De seguida arrastou a sua outra mão até ao outro bolso das suas calças e sentiu o seu lenço amarelo já desbotado que trazia consigo para se limpar. O homem, que já tinha uma idade avançada, adorava subir aquela montanha, pois tinha uma paisagem magnifica, com árvores de todas as espécies, desde oliveiras a sobreiros, conseguia avistar lá ao fundo um campo cheio de girassóis sempre a apontar para o sol, sol esse que brilhava lá no alto, muito forte, que fazia o velho suar logo aos primeiros passos, mas ele sabia que precisava de dar aqueles grandes passeios, pois os seus ossos já não estavam como novos, e se passasse os dias sentado no seu sofá a ver televisão, qualquer dia o seu corpo ficava preso e perdia todo o seu espirito jovem. Depois de alguns longos passos, o velho parou e dobrou as suas pequenas pernas, deslizou a mão até ao bolso, retirou o canivete que estava no bolso e puxou a navalha para fora, levou a mão ao chão, e num único golpe cortou a raiz de uma pequena flor amarela que estava no caminho, pois já era seu