Surge uma nova vertente de análise da instituição escolar que se inspira num movimento das ciências sociais, o qual se caracteriza pela superação do conhecimento dualista e assim volta-se a ensinar as ciências. E isso cria um novo humanismo onde o sujeito é o centro do conhecimento. O espaço sócio-cultural que se cria a escola toma duas dimensões, institucionalmente com conjunto de normas e regras que delimitam a ação dos sujeitos. E cotidianamente onde se tem alianças e conflitos. Assim o velho e o novo caminham juntos nesse processo escolar onde nenhuma das partes podem sair ganhando. A construção do novo depende da reprodução do velho. Muitos de nós que começaram os estudos a partir da década de 80, lembram que eram dessa forma que descreve esse parágrafo que chegávamos ás escolas: “Rapazes e moças continuam chegando aos poucos, alguns em grupos, outros sozinhos. Cumprimentos, risos, conversas ao pé de ouvido. Grupo de rapazes, grupo de moças, grupos misturados. Olhares sugestivos acompanhados de comentários e risos, um rapaz sai do seu grupo e vai até as moças e diz algo que provoca sorrisos. Existe um clima de desejo no ar. Um casal de namorados se beija encostado no muro sob uma árvore, indiferente ao burburinho.” Para os professores saber quem são esses jovens que estão chegando às escolas, nas salas de aula não é muito relevante, pois, para eles são somente alunos que tem objetivos comuns, o aprendizado. São tratados igualmente, independentemente da raça, sexo e nível social. Com essas atitudes dos professores e profissionais da educação, a escola é dita como única e universal, onde todos os alunos vão ter o direito ao acesso do conhecimento, e esses conhecimento é reduzido a produtos onde é transmitido e aluno deve assimilar e as provas e avaliações é que vão dizer se ele aprendeu ou não, pois, o importante agora é passar de ano. Essa democratização da escola forma uma homogeneização nos processos de formação do indivíduo, e não levam