Texto de Mikhail Bakhtin
“Marxismo e Filosofia da Linguagem”
(Mikhail Bakhtin)
João Henrique de Freitas Augusto
Nº11 1ºA 2015
Colégio Equipe
Professor:
Yuri (Português)
Primeiramente Mikhail Bakhtin associa as bases do marxismo aos problemas da filosofia da linguagem. Um produto ideológico faz parte de uma determinada realidade como todo produto de consumo, porém reflete uma realidade externa ao contrario daquele. Um produto ideológico é um signo, pois tem um significado fora de si mesmo.
Um corpo físico pode ser percebido como símbolo e toda imagem simbólica já é um produto ideológico. A foice e o martelo por exemplo, por si sós, não remetem significado nenhum além do que possuem originalmente (ferramentas), só criam um valor ideológico quando configurados como emblema da União Soviética.
Todo produto de consumo pode se tornar um signo ideológico. O pão e o vinho para os cristãos, ultrapassam suas características físicas (de alimento e bebida) e passam a ser sagrados como elemento da comunhão. Mesmo com essa associação de produto-signo, essa remisão não tira suas características primárias
Finalmente com esses produtos de consumo e o material tecnológico se firma o universo dos signos.
Como um signo ultrapassa as particularidades do produto, ele também reflete outra realidade, podendo reproduzi-la ou distorce-la. Logo, o domínio ideológico corresponde ao domínio dos signos, da linguagem. Cada signo é parte da realidade, e não apenas seu reflexo. Todo signo ideológico tem seu próprio corpo físico, sendo ele som, cor ou movimento.
Como a compreenção de um signo decorre da compreensão de outros, forma-se uma corrente contínua que liga elementos de natureza semiótica a outros elementos de natureza semiótica; é a cadeia ideológica.
O erro cometido pela filosofia idealista e pelo psicologismo em matéria de cultura, resulta em uma confusão metodológica entre diferentes áreas do conhecimento e em uma cabal distorção da realidade. A criação