TEXTO DE LPT
As pessoas com algum tipo de deficiência têm se tornado um grupo social mais organizado e coeso, que busca lutar por seus direitos junto às instâncias governamentais e a discussão dos direitos desse grupo tem sido considerada, dado que estruturas políticas, administrativas e de gestão vêm surgindo em diversos níveis.. Nesse contexto, a discussão da acessibilidade aos serviços de saúde se faz pertinente, considerando que a saúde também é um direito de cada cidadão brasileiro.
Além das barreiras arquitetônicas, existem outras, menos evidentes, mas tão importantes quanto as arquitetônicas. Elas são as barreiras ditas não físicas. Citam-se as barreiras de informação, em que o indivíduo com deficiência é privado de informações a respeito dos serviços de saúde e sobre como acessá-los mais facilmente. Nesse sentido, uma pessoa com deficiência visual fica prejudicada quando o principal meio de divulgação de uma campanha de saúde é a comunicação visual.
Reações comportamentais também devem ser consideradas como barreiras não físicas. Neste contexto, a pessoa com deficiência pode deparar-se com comportamentos impróprios dos profissionais de saúde de um hospital ou de uma unidade básica de saúde, que podem apresentar déficit de capacitação para assistir a uma pessoa com deficiência. Esse fato pode ocorrer por insegurança ou despreparo do funcionário, ou seja, o médico pode ter receio de atender uma pessoa com deficiência julgando que ela seja “diferente” das outras, quando, na verdade, a doença que ele tem ou o motivo que o levou a procurar atendimento é igual ao de outras pessoas. Existem ainda as barreiras financeiras, que surgem quando o custo do atendimento é alto para os pacientes, o que pode gerar uma menor utilização dos serviços de saúde por motivos econômicos.
As barreiras de acessibilidade aos serviços de saúde é a maior ocorrência de comorbidades nesse grupo populacional acabam propiciando o aparecimento de um fenômeno, conhecido como “Paradoxo das