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INTRODUÇÃO O Brasil vive uma perspectiva de grandes investimentos para os próximos anos. A proximidade de grandes eventos esportivos como Copa do Mundo e Olimpíadas, aliados ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal) prometem alavancar o volume de investimentos, tanto privados como públicos, em obras de infraestrutura como reformas em aeroportos, construção de rodovias e ferrovias. A ascensão da Classe C, advinda, em grande parte, por recentes medidas do governo visando o estímulo a créditos e financiamentos também permite que sejam projetados cenários favoráveis ao mercado de obras residenciais em médio prazo. Além disso, o recente aquecimento da indústria do petróleo traz perspectivas de alta geração de empregos, o que demanda ainda mais investimentos em obras de infraestrutura e residenciais. Por fim, a crise européia, que levou países europeus a entrarem em recessão, aliada a uma ainda tímida retomada de poderio econômico dos EUA, abre espaço para o crescimento de países emergentes, como o caso do Brasil. Baseado nessa perspectiva de grandes investimentos no mercado de construção civil faz-se necessário ponderar até que ponto estamos preparados para encarar com êxito essa enorme transformação pela qual estamos prestes a vivenciar. Há riscos de a demanda por produtos fundamentais na construção como cimento, madeira, alumínio, ferro, e aço superarem a oferta, levando ao aumento do seu nível de preços, dificultando na conclusão de obras, entre outras conseqüências. É nesse universo de incertezas econômico-financeiras em que o presente estudo está inserido. O trabalho tem como objetivo realizar um estudo de viabilidade econômica para a implantação de uma fábrica de cimento, destacando conceitos de mercado, capacidade, localização e métodos quantitativos, que vão além da esfera financeira. O Capítulo 2 contém uma revisão bibliográfica dos temas abordados ao longo do estudo. Nela estarão inseridos, inicialmente conceitos básicos referentes a