Teste
Outro famoso paradoxo é o da flecha. Neste, um arqueiro mira um alvo e lança a flecha de seu arco. Mas, pensou Zenão, em cada instante de tempo determinado, a flecha ocupa um espaço determinado (pensem numa imagem fotográfica desse movimento sucessivo de instantes) o que significa que em cada tempo finito a flecha está em repouso. Ora, como entender que ela está simultaneamente em repouso e movimento? O movimento gera o repouso? Não, isso é uma contradição, aos olhos dos antigos.
Com esse tipo de argumento, Zenão mostrava a insustentabilidade das teses dos defensores do mobilismo e defendia a posição do seu mestre de que pensamento, ser e linguagem guardam uma relação íntima de tal modo que o nosso conhecimento só pode ser concebido se seguidas as leis lógicas da razão. A importância desse modo de pensar a realidade prevaleceu durante milênios e só foi resolvida com a física newtoniana, que descreve o movimento em relação a um referencial. Devemos lembrar que para os antigos, os números (naturais) representavam as coisas materiais e pensar o ser como um já era um alto poder de abstração.
Portanto, o legado desse magnífico pensador, colaborou para a compreensão de que existem