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O indivíduo e o partido
Confusão entre ética e moral
De acordo com Lefort (Filósofo Francês, conhecido intelectualmente como petista) quando se entra nessa lógica do naturalismo o indivíduo perde a particularidade e se torna um conjunto. “Ele” passa a ser “nós”, sem o “eu”.
Após uma analise sobre os Processos de Moscou (Série de julgamentos e sentenças baseados em confissões arrancadas sob tortura e chantagem, com milhares de mortes), onde o promotor Dizia: “Você não vai contra o partido, não é verdade?” “Você gosta do partido, não vai contra ele...coagindo, forçando uma aceitação, chegou a conclusão de que é uma lógica presente na consciência de todo militante. O indivíduo tem ética, mas não exerce a moral para satisfazer o conjunto. De acordo com Roberto Romano a questão da moral está na base dos problemas de pensamento Marxista.
Romano afirma que o Padre Vaz (Um dos principais filósofos católicos do Brasil) e o Ministro Patrus Ananias adotam a postura de que a ética e a moral não têm diferença, mas que para ele isso é um desastre. É como se o indivíduo ficasse alienado, e assim não teria acesso à informação para não ser tentado. Deixa de ser um indivíduo capaz de criticar. Entre a sociedade, a classe e a individualidade, há uma distância. Se não existe a consciência ética do indivíduo capaz de se erguer contra uma multidão de militantes, não há possibilidade moral de modificação social nenhuma.
O pensamento liberal tem uma ordem gradativa que vem da luta contra a vontade do antigo regime. Não se pode igualar a intensidade e a situação entre os momentos vividos por JOHN LOCKE (filósofo liberal, Séc. XVII) e BENJAMIN CONSTANT (depois da revolução Francesa) que foram ocorridos em tempos diferentes. Benjamin criticou o resultado unilateral, coletivista, que resultou da Revolução Francesa, onde hoje o poder executivo domina os demais poderes, que é uma herança do pensamento concentrador napoleônico.
De acordo com Romano, Benjamin e Kant eram mais políticos