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Unidade IV
7 A CRISE DOS ANOS 1970
No mundo pós-guerra, os avanços da ciência podiam ser traduzidos em técnicas e tecnologias que não necessitam ser compreendidos pelos usuários finais (Hobsbawm, 1995). A física quântica, desenvolvida por Einstein no começo do século, estava agora aplicada nos produtos do cotidiano e, para utilizá-los, não era necessário entender a teoria subjacente. A luta pela existência na Terra, impulsionada pela Guerra Fria, lançou as sementes para a corrida espacial: americanos e soviéticos disputavam, senão um lugar ao sol, ao menos um lugar na imortalidade do espaço.
A segunda metade do século XX também assistiria ao debate e à especulação sobre o próprio caráter do processo de conhecimento científico. Das teorias sobre falseabilidade de Popper, passando pela investigação das revoluções cientificas e quebras de paradigma de Kuhn, os cientistas se perguntariam: o conhecimento leva à certeza ou apenas nos aproximamos, probabilisticamente, da verdade? É possível algum conhecimento certo e seguro sobre o mundo que nos cerca? Existe avanço no conhecimento científico? É a história da ciência uma linha de sucessivos aprimoramentos ou estamos sempre rompendo com o pensamento do passado? Como lidar com esse saber que, ao mesmo tempo em que se produz em circunstâncias e processos ainda desconhecidos, pode provocar o fim da humanidade? Aos poucos, formava-se uma nova mentalidade que tinha como escopo compreender os impactos sociais dos desenvolvimentos científicos, e que se construía a partir da percepção de que vivíamos em um mundo destinado ao progresso e, ao mesmo tempo, à destruição.
Naquele momento, o sistema de mercado é sinônimo de inconteste riqueza e desenvolvimento.
Para os Estados Unidos, os anos posteriores ao final da II Guerra haviam sido nada mais do que a continuidade da estupenda performance que beneficiou o país nos anos de conflito armado, embora tenha sido notável o fato de que as taxas de