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Darlene Menconi e Ernesto Bernardes Com reportagem de Karina Pastore, Morris Kachani, Izalco Sardenberg, David Friedlander, em S�o Paulo, Sandra Brasil, de Bras�lia, e sucursais
N�o ficou nenhuma testemunha para descrever o que aconteceu com os noventa passageiros do v�o 402 da TAM durante os 25 segundos em que eles viajaram da pista de Congonhas, em S�o Paulo, para uma explos�o no solo, 2 quil�metros adiante. Mas h� elementos para afirmar com certa dose de certeza que os ocupantes do Fokker 100, todos mortos no desastre de quinta-feira, estavam se preparando para o pior. Entre os corpos levados ao Instituto M�dico-Legal de S�o Paulo, a maior parte mantinha uma posi��o parecida. Os corpos estavam inclinados para a frente, com os bra�os esticados e as pernas curvadas. Suspeita-se que os passageiros possam ter sido orientados a se posicionar para um pouso de emerg�ncia. � aquele momento em que cada um dobra o tronco sobre os joelhos, envolve a cabe�a com as m�os, fecha os olhos e se prepara para o pior. Como os corpos foram carbonizados, eles teriam fixado a posi��o inclinada, caracter�stica da emerg�ncia, diziam os m�dicos do IML.
No caso do Fokker 100 da TAM, a prepara��o para a emerg�ncia ter� sido recebida com a mais alta dose de p�nico poss�vel nessas situa��es. Uma coisa � preparar-se para uma descida de emerg�ncia num aeroporto ou num descampado qualquer. Outra, muito diferente, � esperar o pouso de emerg�ncia quando se voa baixo, com a turbina roncando e o avi�o adernando, sobre uma regi�o forrada de casas e edif�cios. Nessas condi��es, a ordem carregava uma informa��o adicional: os passageiros estavam autorizados a temer a morte. Se isso serve de algum consolo, o terror durou pouco. A rigor, o jato nem chegou a decolar de verdade. Apenas saltou para as casas do bairro do Jabaquara, tendo a pista de Congonhas como rampa de lan�amento. Rompeu o ar