Teste
Giovanni Alves
toyotismo é a “ideologia orgânica” do novo complexo de reestruturação produtiva do capital que encontra nas novas tecnologias da informação e comunicação e no sóciometabolismo da barbárie, a materialidade sócio-técnica (e psicossocial) adequada à nova pro dução de mercadorias. Existe uma intensa sinergia entre inovações organizacionais, inovações tecnológicas e inovações só cio-metabólicas, constituindo o novo empreendimento capitalista que coloca novos elementos para a luta de classes no século XXI. Esta é a marca da “cooperação complexa” da nora produção do capital.
Ao tratarmos do toyotismo iremos nos concentrar em expor seus protocolos técnicoorganizacionais que são traduzidos em valores e regras de gestão do trabalho vivo nas grandes empresas e que atingem hoje os mais diversos empreendimentos capitalistas, seja da indústria ou dos serviços (inclusive na administração pública). Na verdade, todo empreendimento capi talista tende hoje a ser coagido pela concorrência a adotar procedimentos técnico-organizacionais oriundos da matriz ideológico-valorativa toyotista. Os valores e dispositivos organizacionais do Sistema Toyota de Produção ou toyotismo tornaram-se sema comum da gestão do capitai.
Por exemplo, mesmo não participando da criação de valor, organizações de serviços e de admi nistração pública (inclusive da instância sócio-reprodutivas) tendem a incorporar valores do neoprodutivismo toyotista1 Em primeiro lugar, iremos desenvolver uma reflexão sobre o sig
.
nificado do conceito de toyotismo, buscando elaborar uma caracterização que consiga ir além da concepção restrita de toyotismo (ou seja, tratá-lo meramente como “modelo japonês”).
Iremos expor sua filosofia de produção e recuperar, de modo breve, sua gênese histórica e significado ontológico para a nova etapa da produção de mercadorias. Nosso