Teste
Qualquer um que entrasse na sala da vice presidência da construtora “Grupo Chiminazzo” e visse aquela mulher ruiva, de cabelos curtos, no auge dos seus 32 anos acreditaria que era a pessoa mais feliz do mundo. Mas não. Para ser bem sucedida pagou um preço caro e houveram muitos sacrifícios. Sua vida afetiva estava bem longe da perfeição.
Bia Alcântara não nasceu em um berço de ouro, ao contrário, vivia numa modesta casa numa comunidade de Sapucaia do Sul com seu avô, até se mudar para Porto Alegre aos treze anos para estudar no Colégio Militar. O patriarca acreditava que a neta não tinha disciplina e estudava pouco por isso vendeu a casa no interior e com sua aposentadoria mensal alugava uma casa que tinha um quarto, sala e um banheiro.
Apesar das nítidas dificuldades, Bia passou os últimos quatro anos escolares estudando para o vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Havia um sonho: ingressar na faculdade de Engenharia Civil. Fascinado por cálculos, física, química e biologia, contou com ajuda de Miro José de Marcelo, seu melhor amigo, a quem nutria secretamente um amor, foi responsável por incentivar seus estudos pois ele também tinha o mesmo desejo.
Após uma árdua batalha, Bia conseguiu classificar-se em quinto lugar de Engenharia Civil no ano de 1998 aos 17 anos na universidade federal, mas Miro não teve o mesmo sucesso, o que deixou furioso. Após sua aprovação nunca mais procurou por ela e evitou o mínimo possível de contato. Na verdade, Bia nunca entendeu o motivo do afastamento de Miro, aliás foi por causa dele que escolheu o curso já que seu teste de vocação havia dado como resultado Pedagogia já que possuía afinidade com as ciências humanas.
As lembranças do olhar de raiva dele a deixavam muito fragilizada. Sempre foi perdidamente apaixonada por ele e acreditava que não fosse correspondida por isso nunca falou sobre seus sentimentos, pois tinha medo de perder a sua amizade. Seis anos após a formatura da sua