Teste
Número 1
Jan/Jun 2012
Doc. 4
Rev. Bras. de Casos de Ensino em Administração
ISSN 2179-135X
________________________________________________________________________________________________
UMA FRONTEIRA PARA ALEXANDRE?
Maria Tereza Gomes da Silva – mariaterezagomes1@gmail.com
Universidade de São Paulo, São Paulo – SP, Brasil
Rodrigo Cunha Silva – rdgcdasilva@gmail.com
Universidade de São Paulo, São Paulo – SP, Brasil
Tania Casado – tcasado@usp.br
Universidade de São Paulo, São Paulo – SP, Brasil
Submetido em 08/04/2012, aceito para publicação em 03/05/2012
_______________________________________________________________________________________________
A família estava reunida em torno da mesa de jantar, falando alto, colocando as notícias em dia. O encontro com os pais, que haviam chegado a São Paulo naquele dia de sua cidade natal em
Minas Gerais, era sempre um dos momentos de maior felicidade para Alexandre Barros. Naquela noite, no entanto, ele dava sinais de distração e cansaço. O expediente começara às 9h00 com uma reunião com o chefe, e se estendera até às 20h00. Longas jornadas estavam virando rotina, mas não era isso que o distraía. O problema estava na conversa que tivera, durante o almoço, com um headhunter. Alexandre havia recebido uma proposta para mudar de emprego.
Aquela conversa não saía de sua cabeça enquanto olhava para a figura frágil do pai. O patriarca da família havia se aposentado há 20 anos de seu único emprego no Banco do Brasil.
Alexandre se impressionava como o pai ainda defendia e se mantinha fiel ao banco. Aos 41 anos,
Alexandre não se lembrava de ter sentido algo parecido por qualquer das nove organizações para as quais já havia trabalhado. Naquela época, começou a pensar que talvez isso fosse acontecer com a multinacional na qual entrara há 10 meses como gerente de comunicação. Era sua primeira experiência em multinacional e vinha sentindo que, ali, poderia ter as oportunidades de crescimento