Teste
RESENHA: A não tão sólida condição humana. Por: Cláudia Hausman Silveira Doutoranda em Ciências Humanas no Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas (DICH/UFSC), Mestre em Sociologia das Organizações (UFPR). Professora do Departamento de Saúde Comunitária - UFPR
Bauman, Z. (2003). Amor líquido. Rio de Janeiro:Jorge Zahar. 190 p. Chega ao Brasil a tradução do livro de Zigmunt Bauman Amor Líquido, uma interpretação lúcida e pertinente das relações modernas, a partir da perspectiva de um judeu polonês quase octogenário que passou pelos horrores da II Guerra, bem como pelas perseguições ao comunismo, nos anos 60. Difere da maior parte das abordagens sobre o mundo virtual, a internet e os sites de relacionamento na construção da afetividade e das relações no mundo moderno. Das pesquisas realizadas e publicadas sobre o tema no Brasil, podemos citar “Sexo, afeto e era tecnológica: um estudo de chats na Internet” organizado por Sergio Dayrell Porto da Faculdade de Comunicação da UNB, 1999, ou “Amor na Internet: quando o virtual cai na real” da jornalista Alice Sampaio, 2001, ou ainda, “Blog: comunicação e escrita íntima na Internet” da também jornalista Denise Schittine de 2004. Os dois primeiros abordam, fundamentalmente, os diálogos eróticos das salas de encontro virtual, enquanto que o terceiro focaliza espaços onde a modernidade “publicisa” o privado e, nesse sentido, traz uma discussão interessante sobre o público e o privado no mundo moderno. Bauman, em última análise, nos leva a perceber a estreita relação existente entre a forma de organização econômica e da produção de nossa sociedade e a construção da sociabilidade. Ou seja, uma sociedade que exige competência profissional para trabalhar
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com as incertezas do mercado (e cria sistemas informatizados capazes de incluir um número infinito de variáveis), não é capaz de instrumentalizar seres