Teste de chama
Ernest Rutherford, no início do século XX, realiza o experimento conhecido como espalhamento de Rutherford 2 , onde ele incidiu um feixe de partículas alfa (α) sobre uma folha de ouro e observa que, ao contrário do que era esperado, tal que as partículas deveriam ser refletidas pelos átomos de ouro considerados maciços até então, muitas partículas atravessaram a folha de ouro e outras sofreram desvios. A partir da análise dessa experiência, afirma que átomos fossem constituídos de uma nuvem difusa de elétrons carregados negativamente que circundavam um núcleo atômico denso, pequeno e carregado positivamente.1
A partir dessa descrição, é fácil deixar-se induzir por uma concepção de um modelo planetário para o átomo, com elétrons orbitando ao redor do "núcleo-sol". Porém, a aberração mais séria desse modelo é a perda de energia dos elétrons por radiação síncrotron: uma partícula carregada eletricamente e acelerada emite radiações eletromagnéticas que têm energia; fosse assim, ao orbitar em torno do núcleo atômico, o elétron deveria gradativamente emitir radiações e cada vez mais aproximar-se do núcleo, em uma órbita espiralada, até finalmente chocar-se com ele. Um cálculo rápido mostra que isso deveria ocorrer quase que instantaneamente.
Postulado de Bohr
Através das descrições quânticas da radiação eletromagnética propostas por Albert Einstein e Max Planck, o físico dinamarquês Niels Bohr desenvolve seu modelo atômico a partir de quatro postulados:3 1. Os elétrons que circundam o núcleo atômico existem em órbitas que têm níveis de energia quantizados 2. Energia total do elétron (cinética e potencial) não pode apresentar valor algum e sim, valores múltiplos de um quantum.1 3. Quando ocorre o salto de um elétron entre órbitas, a diferença de energia é emitida (ou suprida) por um simples quantum