Terrorismo de Estado e o Governo Bush
Introdução
Para iniciar devemos primeiro conceituar o que é terrorismo. O terrorismo é um ato político que tem como objetivos principais causar o terror em determinado país ou grupo, empregando o medo como instrumento de desestabilização para alcançar seus objetivos por meio da coerção. Trazendo a definição de FÉLIX, Carla Sofia (2004, p. 160),
“O objetivo maior da causa terrorista será, talvez, a aniquilação dos valores da sociedade democrática. Contudo, muitas podem ser as causas que motivam os atos terroristas: expulsão de estrangeiros, mudanças políticas, ação de retaliação e vingança, obtenção de projeção local ou global, construção de uma imagem de poder, preservação do território [e] motivos religiosos.”
Além disso, podemos afirmar que um ato terrorista sempre foi e sempre será um ato político, pois se não tiver algum elemento político não se caracteriza como terrorista. Dessa forma, buscamos analisar o papel desenvolvido pelos Estados Unidos da América (EUA) sob o governo do Presidente George W. Bush e sob os princípios da Doutrina Bush, de forma a poder enquadrar as ações executadas como Terrorismo de Estado ou não.
Como sabemos e já foi comprovado após a divulgação de documentos antes tidos como sigilosos, os EUA desenvolveram um papel hegemônico no Terrorismo de Estado exercido no Cone Sul, sob a proteção do Plano Condor, e em inúmeros outros países que foram desestabilizados ou afetados pelos seus interesses.
A política externa dos EUA não só para a América Latina, mas também para o Oriente Médio e todo o mundo sempre foi marcada por uma série interminável de intervenções e expansionismo que deixam evidentes que não há limites para a ação dos norte-americanos quando se trata dos inúmeros interesses econômicos, políticos e militares.
Antecedentes históricos
Amparados pelo Destino Manifesto que prega a necessidade e importância dos EUA ao redor do mundo na difusão dos