Território em Saúde
Maurício Monken1, Paulo Peiter2, Christovam Barcellos3, Luisa Iñiguez Rojas4, Marli Navarro5,
Grácia M. M. Gondim6 ,Renata Gracie7
Introdução
As mudanças econômicas, políticas e culturais nos obrigam a buscar novas ferramentas teóricas, metodológicas e conceituais para a compreensão do mundo contemporâneo. Nesta busca algumas barreiras que separavam distintas ciências são transpostas, pois o avanço do conhecimento tende a organizar-se em torno de temas-problemas. Para o tratamento destes temas convergem conceitos ou termos que, ampliados, buscam responder às novas necessidades interdisciplinares.
Nos estudos sobre a saúde e a saúde pública, a incorporação de conceitos geográficos como espaço, território e ambiente, vem sendo novamente privilegiados. Propõem-se novos termos e adjetivos são adicionados aos termos existentes, às vezes, sem muita preocupação com a definição “original” da ciência de procedência e, dessa forma, são gerados conflitos lógicos entre as muitas acepções ou conteúdos teóricos que a eles subjazem.
Este procedimento é ainda mais problemático quando se tratam de termos polissêmicos nas próprias disciplinas de origem, como é o caso dos conceitos geográficos em questão.
Nem por isso, pesquisadores provenientes de diferentes e "antes distantes" saberes deixam de incorporar com relativa naturalidade o repertório teórico e conceitual, os procedimentos e recursos tecnológicos, na investigação em espaço, ambiente e saúde.
1
Geógrafo, Doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz. Professor da Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz. Email: mmonken@fiocruz.br
2
Arquiteto, Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor da Escola
Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz. Email: ppeiter@fiocruz.br
3
Geógrafo, Doutor em Geociências pela Universidade Federal