Terrario
Terrário: um pedaço da natureza na sala de aula
O que mantém plantas e animais vivos? De onde vem a água da chuva? Alunos de 1ª a 4ª série buscaram essas e outras respostas em um experimento simples realizado em sala de aula
Roberta Bencini (novaescola@atleitor.com.br)
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Observação: alunas da 2ª série da escola Alfredo Paulino, em São Paulo, acompanham o desenvolvimento das plantas e animais. Foto: Kriz Knack
Mal ficou pronto, o terrário montado na Escola Estadual Alfredo Paulino, em São Paulo, sofreu um suposto ato de vandalismo. O plástico transparente colocado sobre o recipiente de vidro que reproduz a vida natural no planeta apareceu furado. Os professores não repreenderam os alunos pela ação. Ao contrário, valorizaram o que foi, na verdade, a primeira intervenção da turma no experimento. O furo para a entrada de ar e água era a resposta prática da garotada a uma dúvida surgida durante a aula: será que as plantas e bichinhos como a minhoca, o tatu-bola e o caracol podem sobreviver em um ambiente fechado sem rega?
Seria menos trabalhoso relembrar em um esquema no quadro-negro como a água armazenada na terra se condensa e retorna em forma de chuva para ser novamente absorvida pelas plantas. Mas a equipe de professores optou por um caminho bem mais interessante. Os estudantes de 1ª a 4ª série compreenderam o funcionamento da natureza ao observar, dia a dia, a movimentação dos animais na terra e nas paredes do aquário, o crescimento das plantas e o ciclo da água.
O terrário permite explorar, desde as primeiras séries, os cinco passos de uma investigação científica: observação, registro, questionamento, experimentação e conclusão. É testando e comprovando que as crianças fazem ciência exatamente como os cientistas.
O trabalho da escola Alfredo Paulino faz parte do projeto ABC na Educação Científica Mão na Massa, realizado pela Estação Ciência, da Universidade de São Paulo (USP). Há quatro