Terramoto 1755
O terramoto de 1755, também conhecido por Terramoto de Lisboa, ocorreu no dia 1 de Novembro de 1755, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami - que se crê tenha atingido a altura de 20 metros - e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos. Foi um dos sismos mais mortíferos da História, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter.
Com esta tragédia a ocorrer, Marquês de Pombal, numa primeira fase, começou por tomar medidas no sentido de manter a ordem, tratando dos feridos, enterrando os mortos e evitando pilhagens. Só depois, numa segunda fase, Marquês de Pombal empenhou-se no projecto de reconstrução da cidade.
De uma população de 275 mil habitantes em Lisboa, 90 mil foram mortos. Outros 10 mil foram vitimados em Marrocos. Cerca de 85% das construções de Lisboa foram destruídas, incluindo palácios famosos e bibliotecas, igrejas, hospitais e todas as estruturas. Várias construções que sofreram pouco danos pelo terramoto foram destruídas pelo fogo que se seguiu ao abalo sísmico.
O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e sócio-económico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um terramoto numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna Sismologia. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime.
Na reconstrução da cidade de Lisboa, segundo o novo traçado previsto para a capital do reino, a baixa ia apresentar:
· Largas avenidas em xadrez dotadas com passeios, onde se alinham grandes fachadas de grande