Termos de troca
O Brasil produz, então, no ponto Q, que se localiza no local de tangencia entre a fronteira de possibilidades de produção e a linha de isovalor, na qual sua inclinação é igual à razão entre os preços do minério de ferro e os preços dos outros bens. A economia brasileira, por sua vez, consome sobre o ponto C, o qual encontra-se na tangencia da linha de isovalor com a curva de indiferença, dadas as preferências de consumo dessa nação. Nesse arranjo o Brasil produz mais minério de ferro do que consome e, portanto, exporta essa diferença. Assim como, consome mais de outros bens do que produz e, portanto, importa essa diferença.
Supõe-se que o Brasil cresça viesado para exportações de minério de ferro. Nesse caso, uma nova fronteira de possibilidades de produção se estabeleceria, conforme a figura abaixo:
Essa nova configuração aponta que para, quaisquer preços relativos, houve um aumento na produção de minério de ferro e uma diminuição na produção de outros bens. As implicações de um crescimento viesado não se limitam, todavia, a aumentos ou diminuições na produção de um bem ou outro. Elas impactam, consequentemente, sobre a oferta relativa mundial e sobre o preço relativo mundial. Dessa forma, a partir do momento que o Brasil estivesse produzindo mais