terceiro setor
O atual cenário do Terceiro Setor brasileiro passa por transformações significativas, principalmente nos papéis desempenhados na formação e reconhecimento desse espaço, apresentando vários desafios de ordem política, econômica, ideológica e social. Segundo Falconer (2000), esses desafios surgem para essas organizações em razão de sua atuação – se são mal geridas, excessivamente dependentes, amadoras e assistencialistas,obrigando-as a promover ajustes organizacionais e de atuação na sociedade.
Nessa perspectiva, Falconer (2000) e Hudson (1999) defendem que a legitimação das práticas gerenciais do Terceiro Setor é necessária para aprimorar o gerenciamento das organizações, reforçando a necessidade de mecanismos de gestão eficazes e compatíveis com a realidade delas, para que seus objetivos sejam atingidos. Percebe-se então que, para atender a essas exigências e necessidades impostas pela sociedade e pela própria natureza do setor, e a fim de garantir sua sobrevivência, essas organizações começaram a buscar meios e ações estratégicas.
Desse modo, acredita-se que configurar as práticas gerenciais dos gestores de organizações do Terceiro Setor como uma prática social proporcionará uma melhor compreensão tanto dos processos e estruturas dessas organizações quanto das transformações e da profissionalização ocorridas no Terceiro Setor da sociedade de um modo geral.
A PRÁTICA SOCIAL NO TERCEIRO SETOR
No modelo de análise de gestão proposto por Reed (1997:3), a gestão é uma prática social, ou seja, “[...] um conjunto de atividades inter-relacionadas e de mecanismos que organizam e regulam a atividade produtiva no trabalho” e que proporcionam “uma melhor compreensão dos processos e das estruturas através dos quais se mobiliza o poder e se efetua o controle”.
Nessa concepção, a gestão deixa de ser analisada como uma estrutura formal de sistemas e