Terapia nutricional
Capítulo 21
TERAPIA NUTRICIONAL EM PACIENTE CRÍTICO
José Luiz Antônio Lemes Júnio, Juliana de Carvalho Machado, Luciana Vilas Boas Monte, Júlio Sérgio
Marchini
1) Introdução
A Terapia nutricional é fundamental na recuperação de pacientes críticos. Sabe-se que se não bem conduzidos, estes podem evoluir para desnutrição, sendo a relação de perda de massa magra e peso corporal diretamente proporcional à morbi-mortalidade1-3.
Assim, a terapia nutricional consiste na oferta de nutriente pelas vias oral, enteral e/ou parenteral, objetivando oferecer quantidades necessárias tanto de macro com de micronutrientes, resultando na manutenção e na recuperação do estado nutricional, desde que bem indicada e, se possível, com início precoce4.
2) Metabolismo no Paciente Crítico
O paciente crítico encontra-se geralmente em um estado catabólico, decorrente de estresse que pode ser definido como trauma, choque, doença aguda, ou síndrome da resposta inflamatória sistêmica. Conforme a situação irá ocorrer uma resposta generalizada, onde a mobilização de energia para estimular a função imune e o reparo dos tecidos lesados, ocorrerá às custas do consumo de massa magra e do aumento da perda urinária de nitrogênio. Os aminoácidos são mobilizados do músculo esquelético, tecido conjuntivo e intestino, a fim de promover a cicatrização das feridas e a síntese hepática de proteínas de fase aguda, além de tornarem-se substrato para a gliconeogênese5,6. Nestes pacientes ocorre à diminuição da síntese de albumina em contrapartida há um aumento da produção de substâncias nitrogenadas, denominadas proteínas de fase aguda, entre elas: proteína C reativa (PCR), mucoproteinas, fibrinogênio, transferrina, ceruloplasmina e fatores do complemento. O papel destes elementos encontra-se apenas parcialmente elucidado, mas acredita-se que, em sua maioria, tenham a função de amenizar as repercussões da invasão microbiana, do choque e das lesões teciduais. Diversas proteínas da fase