TEORIAS E SISTEMAS EM PSICOLOGIA III
TEORIAS E SISTEMAS EM PSICOLOGIA III
PROFª JAIDA SOUZA
O BRINCAR ENQUANTO TÉCNICA: CONTRIBUIÇÕES DE MELANIE KLEIN
Klein considerava o brincar como um material suscetível de interpretação no quadro da situação transferencial. As brincadeiras eram, a seu ver, equivalentes às fantasias, dando acesso à sexualidade infantil e à agressividade em torno delas podia se instaurar uma relação transferencial – contratransferencial entre a criança e o analista.
Em uma mesinha, na minha sala de análise são postos alguns brinquedos pequenos e simples – homenzinhos e mulherzinhas de madeira, carrocinhas, vagões, automóveis, trens, animais, blocos e casinhas, e também papel, tesoura e lápis. Até mesmo uma criança normalmente inibida na sua atividade de brincar pelo menos lançará um olhar nos brinquedos ou tentará tocá-los, e logo me dará um primeiro vislumbre de seus complexos, pela maneira como começa a brincar com eles ou como os põe de lado, ou por sua atitude geral em relação a eles (KLEIN, 1997, p.36).
Busca-se por meio da ludoterapia a diminuição na inibição do brincar livre e, Klein observou que mediante a atividade interpretativa essa inibição diminuía sensivelmente.
(...) os elementos das brincadeiras das crianças, que correspondem a essas associações (livre associação), propiciam um vislumbre do seu conteúdo latente (...). Ao fazer isso e ao desvelar suas experiências infantis e a causa original de seu desenvolvimento sexual, a análise resolve fixações e corrige erros de desenvolvimento (KLEIN, 1997, p. 38).
A ANSIEDADE – Klein considera o manejo da ansiedade como essencial no trabalho infantil.
Na medida em que as crianças e os jovens sofrem de ansiedade em um grau mais agudo do que os adultos, devemos procurar acesso a sua ansiedade e ao sentimento inconsciente de culpa e estabelecer a situação analítica tão rapidamente quanto possível, (...) uma certa quantidade de ansiedade pode ser rapidamente resolvida