Teorias e Concepções da Modernidade
EESC – Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo
SAP 5830 – Teorias e Concepções da Modernidade
Pós-graduanda: Luciana Cristina Ceron
Docente: Cibele Saliba Rizek
JUNHO 2008
A teoria do moderno, juntamente com a filosofia da cultura e o diagnóstico do presente fazem parte, de forma complementar e interdependente, do mesmo enfrentamento que Georg Simmel trabalha na sua aventura filosófica sobre a época do moderno, por ele constelada e intrinsecamente articulada pela economia do dinheiro. Partindo dessas principais linhas de pensamento que são trabalhadas em Simmel por Leopoldo Waizbort, esta monografia pretende dialogar “O dinheiro na cultura moderna” (1896) de Simmel1, com seu interlocutor Karl Marx, em “O Capital” Vol.1, Primeiro Livro, capítulos 1,2 e 3 2.
As aspirações pretendidas estão em encontrar as dicas entre autores nesse diálogo sobre a economia do dinheiro, finamente detalhada e trabalhada por
Marx e trazida como exemplos e análises por Simmel, na vida do homem moderno. Mais precisamente, com o aprofundamento da vida monetária e a centralidade do dinheiro como grande meio de valor, o olhar desta monografia está voltado para a forma contraditória e aporética que os valores qualitativos dos objetos perdem espaço para o crescente caráter racional e calculador da época moderna, expresso nos valores quantitativos.
A possibilidade de fechamento deste diálogo neste texto fica na ânsia de maior e continuada leitura destes dois autores, trazendo aqui uma pequena relação pincelada de pensadores, além da base trabalhada em aula sobre o livro “As aventuras de Georg Simmel”, de Leopoldo Waizbort e o clássico “A metrópole e a vida mental” de Simmel.
Sobre a inserção do dinheiro na cultura moderna, o estudo de Simmel estrutura-se num processo continuado. Em 1889, tem-se a primeira publicação sobre, intitulada “Psicologia do Dinheiro”, sendo um pequeno texto publicado por
Gustav Schmoller, e considerado por Waizbort a base