Teorias Raciais
Durante as Grandes Navegações houve a conquista de terras desconhecidas nas quais encontraram nesses territórios os chamados “novos homens” que eram frequentemente descritos como estranhos em seus costumes e diversos em sua natureza. No século XVII, a parir da Revolução Francesa e de ideias iluministas estabeleceram-se bases filosóficas para se pensar na humanidade como um todo. Rousseau, por exemplo, criou a ideia do “bom selvagem” em que o ser humano está no seu estado natural, no entanto para este filósofo a evolução corrompeu essa bondade original dando origem a desigualdade entre os homens.
Com a chegada desses colonizadores na América criou-se um tipo de visão mais negativa sobre esse território. Um dos pensadores que corroboraram para essa interpretação foi Buffon, naturalista francês, que personificou, com sua teoria da “infantilidade do continente”, uma ruptura com o paraíso concebido por Rousseau, passando a caracterizar o continente americano como ícone da carência. A partir dessa concepção, um parecer étnico e cultural estritamente etnocêntrico delineava-se.
Outro pensador que reforçou a visão negativa americana foi De Pauw que acreditava na teoria da “degeneração americana” em que eram chamadas espécies degeneradas as consideradas inferiores, pelo fato de serem menos complexas em sua conformação orgânica. Ele admitia que os povos nascentes da localidade não eram apenas “imaturos”, mas também “decaídos”.
Portanto, nesse contexto, novas perspectivas se destacam. De um lado, Rousseau com sua visão mais humanista herdeira da Revolução Francesa, que naturalizava a igualdade humana; de outro, uma reflexão sobre as diferenças básicas existentes entre os homens.
No início do século XIX, o terno raça foi inserido na literatura por Geoges Cuvier, o que inaugurou a ideia da existência de heranças físicas permanente entre vários grupos humanos. A partir desse momento, via-se uma reação as ideias Iluministas transformando o suporte de uma visão