Teorias de apredizagem
Cada uma das teorias do desenvolvimento resumidas a seguir, apoiam-se em diferentes concepções de homem e do modo como ele aprende. Essas teorias dependem, também, da visão de mundo existente em determinada situação. Teoria Inatista do Desenvolvimento
A teoria Inatista do Desenvolvimento, também conhecida pelos nomes de nativista ou apriorista, é inspirada nas premissas do idealismo filosófico, isto é, em um modo de pensar especulativo e não científico.
O idealismo filosófico parte do princípio que a consciência é que determina a vida. A consciência é considerada a base e não o produto da atividade humana, nada existe fora do homem. O mundo real é um mero fenômeno da consciência.
O idealismo filosófico sacrifica a realidade concreta. As abstrações (e não o homem concreto) é que produzem fenômenos particulares, reais e concretos. As generalizações são tidas como causas imutáveis.
De um modo geral, a teoria inatista baseia-se na crença de que as capacidades básicas do ser humano (personalidade, valores, comportamentos, formas de pensar, etc) são inatas, isto é, já se encontram prontas no momento do nascimento. O ser humano já nasce pronto. O destino individual de cada ser humano já estaria determinado antes do nascimento.
Para esta teoria o desenvolvimento é pré-requisito para a aprendizagem, com isso, o processo educacional pouco ou quase nada altera as determinações inatas. Os processos de ensino só podem se realizar à medida em que o educando estiver maduro para efetivar determinada aprendizagem; a prática escolar não desafia, não amplia nem instrumentaliza o desenvolvimento do educando, uma vez que se restringe àquilo que o educando já conquistou; a educação pode apenas aprimorar um pouco aquilo que o educando é.
Em uma concepção inatista a prática pedagógica não é originada de circunstâncias contextualizadas, daí a ênfase, não em um conceito de educando determinado, mas no conceito de educando em geral.