Teorias da Obrigação Moral
Uma teoria da obrigação moral recebe o nome de deontológica quando não se faz depender a obrigatoriedade de uma ação exclusivamente das consequências da própria ação ou da norma com a qual se conforma. E chama-se teleológica quando a obrigatoriedade de uma ação deriva unicamente de suas consequências.
Ambos os tipos de teoria respondem como determinar o que devemos fazer de modo que esta determinação possa orientar-nos numa situação particular. De acordo com a teoria deontológica da obrigação moral, devo dizer a verdade, sejam quais forem as consequências e, de acordo com a teoria teleológica, devo enganá-lo tendo em vista as consequências negativas que podem resultar.
As várias teorias deontológicas têm em comum o fato de não derivarem a obrigatoriedade do ato moral das suas consequências. As teorias teleológicas, por seu turno, colocam toda a obrigação moral em relação com as consequências: para mim (egoísmo ético), ou para o maior número (utilitarismo); mas, conforme este último ponha o acento da obrigatoriedade no ato ou na norma que pode ser aplicada, pode-se falar de utilitarismo do ato ou da norma.
TEORIAS DEONTOLÓGICAS
Sustentam que o caráter específico de cada situação impede que possamos apelar para uma norma geral a fim de decidir o que devemos fazer.
Sartre, a respeito do ato, sustenta uma posição que se pode considerar deontológica. De fato, partindo de suas teses fundamentais de que a liberdade é a única fonte do valor e de que cada um de nós é absolutamente livre, rejeita qualquer princípio, valor ou lei e não admite outro guia a não ser a própria consciência.
Mas, o que nos interessa destacar é a sua característica como deontologismo do ato, na medida em que rejeita que se possa apelar para princípios ou normas a fim de decidir, num caso concreto, o que se deva fazer, mas não significa que diferentes situações particulares sejam tão singulares que não apresentem elementos comuns ou essenciais e,