Teorias Ambientais
Autoria: Walter Bataglia, Marcos Antonio Franklin, Adilson Caldeira, Adilson Aderito da Silva
Resumo
Este artigo examina os pressupostos assumidos pelas diversas teorias ambientais, esboçando um quadro metateórico de classificação, baseado em duas dimensões analíticas: natureza do ambiente externo e sua relação com as organizações. A classificação das escolas ambientais nessas dimensões resulta em quatro perspectivas genéricas: a visão clássica, a visão harmoniosa, a visão congregante e a visão construtivista. O modelo apresentado busca transcender os problemas inerentes à fragmentação excessiva, focando a interação entre perspectivas teóricas divergentes, no entanto, preserva as vantagens associadas ao pluralismo teórico. Conclui-se que uma compreensão adequada da administração estratégia baseia-se na consideração da dialética entre ambiente objetivo e subjetivo e determinismo e voluntarismo.
A tensão entre esses modelos opostos de análise esclarece, embora parcialmente, os debates teóricos e as contradições das teorias sobre a estratégia e o ambiente externo das organizações. Nesse sentido, os pressupostos desses modelos determinam visões de mundo, constituindo-se como paradigmas e a interação destas teorias significa uma disputa quanto à determinação futura dos aspectos da vida organizacional.
Introdução
As profundas transformações que têm afetado nas últimas décadas a sociedade mundial, também têm afetado as organizações a partir do estabelecimento de uma complexidade e turbulência crescentes em seus ambientes externos. Sob a pressão de uma competição intensificada, as empresas, de forma geral, têm se voltado para uma visão organizacional mais flexível. Novas formas organizacionais têm sido empregadas, usualmente, buscando-se maior descentralização, maior horizontalidade na comunicação, e maior efetividade e rapidez nos sistemas de informação empresariais.
No entanto,