Apologia de Sócrates

799 palavras 4 páginas
A “Apologia de Sócrates” consiste na sua autodefesa usada em seu julgamento em 399 a.C., tal julgamento dar-se por acusações de corrupção da juventude e impiedade por Metelo, Ânito e Lícon; que resulta na condenação de Sócrates a morte. A apologia inicia com uma advertência de Sócrates, afirmando que dirá unicamente a verdade, e que seus acusadores nada disseram de verdadeiro, embora tenham sido convincentes que quase o fizeram acreditar que era culpado por algo que não fez. Depois segue detalhando suas atividades corriqueiras e aspectos de vida, finalizando com uma resposta a todas as acusações que lhe foram feitas.
“Os que, por inveja, ou malquerença, vos procuravam convencer, mais os que, convencidos, por sua vez, convenciam a outros, todos esses são os mais embaraçosos; nem sequer é possível citar aqui em juízo nenhum deles e refutá-lo; o defensor é inevitavelmente obrigado a combater como que sombras, a replicar sem tréplica. Em conclusão, concordai comigo em que meus acusadores são de duas classes: os que acabam de acusar-me e os de antanho, a quem aludi; admiti, também, que destes me deva defender em primeiro lugar, pois que a suas acusações destes ouvido primeiro e muito mais que às dos últimos.”
Depois da declaração de abertura, Sócrates dá início a sua defesa, que consistirá em responder a duas acusações distintas. A primeira (mais antiga) relata uma junção de queixas contra sua conduta que foram reunidas através dos anos, na qual ele é tido como um criminoso devido possuir “visões” difundidas. Durante a defesa de tais acusações, cita a comédia de Aristófanes, As Nuvens, na qual um personagem chamado Sócrates diz poder andar pelo ar, o que não contribuiu muito para a sua má reputação. Sobre a acusação de que o mesmo investigava matérias sobrenaturais, ele se defende dizendo que nunca se interessou por ciências práticas, apesar de admirar físicos, e que tinha suas maiores preocupações rodeando a conduta moral e a felicidade da alma.
A segunda parte

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