Teoria
Princípio da Visão da Criação Pessoal
Marco Antonio Ornelas
Ornellas & Associados
Cada um de nós tem a tendência de pensar que vê as coisas como elas são, objetivamente. Mas não é bem assim. Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos - ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Assim também, quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções e paradigmas. E se nesse ínterim, as outras pessoas discordam de nós, imediatamente achamos que há algo errado com elas. Os paradigmas são elementos poderosos, pois se constituem nas lentes pelas quais vemos o mundo. Quanto mais nos conscientizamos de nossos paradigmas, mapas, pressupostos básicos, e do quanto somos influenciados por nossas experiências, mais responsabilidades podemos assumir por estes paradigmas, mais podemos examiná-los, testá-los em confronto com a realidade, ouvir a opinião dos outros e nos abrirmos para os conceitos alheios, obtendo dessa maneira um quadro mais amplo e uma visão mais objetiva. O paradigma social atualmente aceito nos diz que nosso condicionamento e condição determinam em larga medida o que somos. Apesar de reconhecermos o imenso poder do condicionamento em nossas vidas, dizer que ele determina o que somos e que não temos controle algum sobre esta influência cria uma situação radicalmente diferente. Nossa natureza básica nos torna ativos e não passivos. Assim como isso nos permite escolher a reação em uma circunstância determinada, nos dá poder para criar circunstâncias.
CRENÇAS
As crenças que temos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre o mundo têm um grande impacto sobre a qualidade da nossa experiência. Por serem uma profecia que tem a capacidade de se “auto-realizar”, as crenças influenciam o comportamento. Elas podem dar apoio ou inibir um comportamento. O que são crenças? Como elas são formadas e como nós as mantemos? As crenças são princípios orientadores, mapas internos que