teoria
"TEORIA DO DENTE DA ENGRENAGEM" lembrando que, "cada dente de engrenagem isto é, cada pessoa, deve ser descartável sem modificar o sistema, uma hipótese implícita a todas as burocracias, a todo serviço público e a todas as funções propriamente ditas". HANNAH AARENDT. A burocracia destina a responsabilidade em cargos e, não em pessoas, as ações e falta de ação no cumprimento dos deveres encontram apoio nas “falhas” do sistema burocrático. Para se proteger de julgamentos e responsabilidades, o burocrata segue as regras abstratas que orientam o sentido de sua ação, em consequência da particularidade de cada situação. Uma ação não contida por regulamentos não pode ser ocultada por “falhas” que são relacionadas à engrenagem burocrática. Assim, é possível comparar o burocrata ao animal laborans, porque ambos perderiam a originalidade humana de se misturar, igual, em vários movimentos, repetitivo e rotineiro de produção, acriminando, ainda mais, o aumento do trabalho árduo. No espaço da vita activa, o aumento do labor que está acima de tudo levou, ainda, à falta de interesse e ao isolamento do homem em relação ao mundo das aparências. Por vezes os homens passam a trabalhar simultaneamente, a satisfação corporal e a busca pelo prazer são extremamente preocupados com si mesmo, razão por que o animal laborans foge do mundo de fachada. Comparando os homens naquilo que lhes é comum, conforme suas nas necessidades humanas, a uniformização imposta pelo movimento periódico do labor faz com que os homens protejam-se dela por meio do isolamento dentro da esfera íntima. Na perspectiva de Hannah, o refúgio do homem em relação ao mundo das aparências é comprovada pela indecisão, uma vez que a descoberta do telescópio por Galileu e o desenvolvimento do sistema heliocêntrico colocaram em risco a autenticidade dos sentidos e percepções, fazendo com que o homem se isolasse no seu íntimo. Na medida em que o homem refugia-se em seu íntimo,