Teoria e prática
Em seu texto “relação teoria/prática: o processo de Assessoria/consultoria e o serviço social” Vasconcelos mostra-se preocupada com a investida neoliberal e de que forma / como os assistentes sociais no seu cotidiano profissional podem enfrentá-la, já que esse avanço neoliberal vem maquiado de novas estratégias. É necessário ao assistente social que está trabalhando com a população ter uma preparação além da graduação. Ele deve buscar uma capacitação permanente teórica, técnica e política para que ao ser solicitado transponha a aparência, buscando a essência do objeto da realidade que se apresenta.
Para enfrentar o avanço do neoliberalismo que em terras tupiniquins ocorre desde o início da década de 1990, Vasconcelos em seu texto, aponta uma estratégia que poderia contribuir no resgate da unidade teoria e prática que é a articulação entre meio profissional e academia através do processo de assessoria/consultoria, o que acarretaria no fortalecimento teórico, técnico e político dos assistentes sociais, e como consequência, o fortalecimento do projeto ético-político da profissão bem como dos princípios que o norteia.
Para Vasconcelos o discurso dos assistentes sociais, em sua maioria, é progressista, mas na prática contribui para reproduzir ou conservar a ordem vigente. Desta forma, a prática é contrária ao projeto hegemônico na profissão o que leva muitos assistentes sociais disserem que na prática a teoria é outra.
Vasconcelos entende que o assistente social muita das vezes fica limitado a prática de seu cotidiano. Por isso, a assessoria/consultoria no espaço de formação profissional (academia) é necessária.
Entre os assistentes sociais que saíram a pouco tempo da universidade ou aqueles que, depois que saíram nunca mais regressaram, é difícil ter condições teórica, técnica e ética suficiente para enfrentar as questões da realidade, consequências da ofensiva neoliberal, e romper com a forma de pensar capitalista,