Teoria e pratica cambial
Para este ano, a expectativa é mais otimista - pelo menos 12% de alta. Esse número mantém em linha a taxa média de 14% ao ano, afirma Carlos Ermírio de Moraes, presidente do conselho executivo. "A estabilidade dos indicadores econômicos no mercado interno e a manutenção do ciclo de alta dos preços das commodities vão favorecer os resultados do grupo", diz.
Alumínio, zinco e níquel, produtos com expressivo peso no portfólio do grupo, continuam em ritmo de altas recordes no mercado internacional e não há perspectivas, no curto prazo, do fim do desequilíbrio entre oferta e demanda, pois a China ainda é uma voraz consumidora de matérias-primas. Suco de laranja, do qual o grupo já é o terceiro maior produtor do país, também sinaliza bom ano.
O grupo é um dos maiores exportadores nacionais, com embarques de US$ 1,5 bilhão em 2005. Os principais produtos vendidos ao exterior são alumínio, zinco, níquel, celulose e suco de laranja.
No Brasil, a aposta está na retomada da demanda de cimento e de aço longo por conta do pacote de redução de tributos na construção civil e por se tratar de um ano de eleições, com retomada de obras em infra-estrutura e na área habitacional. Depois de anos estagnado, o consumo de cimento subiu 4% em 2005. Espera-se que vá além disso com o benefício. "Será um ano melhor que o que passou."
Para Carlos Ermírio, o câmbio valorizado é um fator que anula grande parte do crescimento. Em 2005, o grupo trabalhou sob uma visão de dólar médio de R$ 2,55. Acabou em R$ 2,44. Seu planejamento para o