A teoria principialista Beauchamp e Childress elaboraram “Os princípios da bioética”, que sugerem quatro princípios éticos: a autonomia (respeito às pessoas), beneficência, não-maleficência e justiça. Vários autores denominam que seja errado denomina-la como principialista, já que as teorias de ética prática/aplicada sempre farão referência a princípios éticos, tendo como norte os conflitos morais. Críticas foram feitas à publicação dos autores, sendo maior a definição do princípio às pessoas, pois coloca sob uma mesma referência dois princípios independentes: o do respeito à autonomia e o de proteção e segurança às pessoas incompetentes, transformando após isso o do respeito às pessoas em princípio da autonomia. Já o princípio da beneficência foi mais facilmente aceito, era preciso diferenciá-lo do princípio da não-maleficência. Esses três princípios formariam o tripé básico da ética aplicada, pois estavam associados pela ideia do respeito à autonomia das pessoas, assim como pela proteção e segurança de seus interesses. O princípio da justiça foi o que menos adquiriu força na proposta teórica do principialismo, pois possui um referencial de maior peso argumentativo e teórico. A primeira edição do livro “Princípios da Ética Biomédica” direcionava-se a grupos distintos, como professores, médicos, enfermeiros, pesquisadores, estudantes, teólogos, etc. O objetivo do livro foi permitir uma análise sistemática dos princípios morais que deveriam nortear a mediação de dilemas relacionados à prática biomédica. Os autores tem a concepção de que a ética biomédica, por ser um exercício de ética aplicada, deveria considerar o processo de implementação prática das teorias em, pelo menos, três esferas da realidade, são elas: a prática terapêutica, a oferta de serviços de saúde e a pesquisa médica e biológica. O primeiro princípio, da autonomia, o qual assumiu maior peso na bioética, sugere que o pré-requisito para o exercício das modalidades é própria