Teoria politica / contratualistas

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Durante a Idade Média, o poder político era controlado pelos senhores feudais, que geralmente se submetiam ao imperador do Sacro império e ao papa, desde então não haviam estados nacionais centralizados. Porém, as crises no final do período acarretaram a dissolução do sistema feudal e proporcionaram a implantação do capitalismo. A expansão do comércio trouxe grandes mudanças econômicas e sociais, contribuiu para a desorganização do sistema feudal, e a burguesia, que era classe ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica, poderosa e consciente de que a sociedade precisava de uma nova organização política. É em função desse contexto que se torna possível compreender o pensamento de Maquiavel.
Ao caracterizar o processo da formação do Estado Moderno, através do absolutismo, Maquiavel trata da política e identifica as leis específicas da política enquanto ciência. Com isso, apresenta o seu principal ensinamento, que é a separação da ética e da moral aristotélica da política. O Estado, para Maquiavel, não tem como função assegurar a felicidade e a virtude. Ao contrário do pensamento medieval, este Estado não é mais a preparação dos homens para o reino de Deus. O Estado passa a ter a sua própria dinâmica, faz política, segue sua técnica e faz suas leis.
Para descrever as ações do príncipe, Maquiavel usa as expressões italianas virtú e fortuna. Virtú significa virtude, no sentido grego de força, valor, qualidade de lutador e guerreiro viril, ou seja, é a capacidade que possibilita ao indivíduo exercer bem uma função. Homens de virtú são homens especiais, capazes de realizar grandes obras e provocar mudanças na história. Não se trata do príncipe virtuoso no sentido medieval, bom, justo, segundo os preceitos da moral cristã, mas sim daquele que tem a capacidade de perceber o jogo de forças que caracteriza a política para agir com energia a fim de conquistar e manter o poder.
Fortuna significa acúmulo de bens, riqueza. Sua origem é a deusa romana Fortuna, que

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