Teoria neomalthusiana
Após a Segunda Guerra Mundial o crescimento populacional atingiu níveis bastante elevados caracterizando um segundo período de explosão demográfica propiciado, entre outras coisas, pelo desenvolvimento de antibióticos e vacinas contra diversas doenças e ao acesso facilitado dos países de terceiro mundo a esses recursos graças a entidades de apoio internacionais como a Cruz Vermelha Internacional e a Organização Mundial de Saúde (OMS) (o primeiro grande crescimento demográfico se deu nos séculos XVIII e XIX, época da consolidação do sistema capitalista e da Revolução Industrial). Esse novo crescimento demográfico trouxe de volta a teoria proposta por Thomas Malthus no século XVIII dando origem a diversas novas teorias que relacionavam a pobreza e a fome experimentadas pelos países em desenvolvimento ao crescimento demográfico. Os chamados “neomalthusianos” novamente defendiam que o crescimento demográfico seria o responsável pelo avanço da pobreza e da fome nos países do terceiro mundo. Porém, desta vez, eles afirmavam que a causa da pobreza seria o crescimento da população jovem que fazia com que os governos tivessem de investir cada vez mais em saúde e educação deixando de lado os investimentos em setores produtivos. O que, segundo eles, estaria dificultando o desenvolvimento econômico e, assim, acabaria levando ao caos social. Os neomalthusianos defendiam ainda que uma quantidade maior de indivíduos faria diminuir a renda per capita constituindo um outro fator de aumento da pobreza. Ou seja, quanto mais pessoas em um país menor a renda per capita deste. A solução, segundo eles, seria o controle da natalidade nos países subdesenvolvidos através da adoção de “políticas de controle de natalidade”, que se tornaram bastante populares sob o nome de “planejamento familiar”. Os países subdesenvolvidos buscaram identificar a raiz de seus problemas na colonização de exploração realizada em seus territórios e na desigualdade das relações comerciais