Teoria Labeling Approach
A teoria do labeling approach (teoria do etiquetamento), trás uma nova visão do estudo criminológico. Anteriormente a essa teoria, a criminologia estava voltada a buscar respostas a respeito de quem é criminoso, como se torna criminoso e de que meios se exerce controle sobre esse criminoso. Com base no labeling approach, os estudos se voltam para perguntas com a indagação de quem é definido como criminoso, e que efeito gera essa definição ao indivíduo.
Em seus estudos, sociólogos e criminologistas observam que um indivíduo é caracterizado como criminoso, quando possui um comportamento desviante que, em virtude da interpretação da sociedade que, constrange ou desrespeita os demais indivíduos de um grupo social. A definição do desviante não esta direta e unicamente ligada à norma legal vigente, mas sim à interpretação desta violação da norma pela sociedade. Portanto, observa-se que dependendo das circunstâncias e motivos pelos quais se comete um ato desviante, como por exemplo, se o autor tinha consciência do que fazia ou se a situação permitia um comportamento diferenciado, esse ato poderá gerar diversas reações sociais, e é por isso que se percebe que algumas pessoas, embora tenham cometido a mesma infração, são taxadas de criminosos enquanto outras não.
A teoria do etiquetamento também evidencia que o indivíduo classificado como possuidor de atitudes desviantes, é rapidamente excluído socialmente da população, exclusão resultante de uma perda de relação moral com a mesma e que em virtude disso, o mesmo tende a cometer mais atos desviantes até parar nas mãos dos órgãos públicos de justiça, segurança ou saúde.
Os estudos realizados a respeito da teoria apresentada se mostram muito interessantes, tendo em vista que tira o foco que se tinha da norma jurídica como verdade absoluta, e coloca-se como objeto primordial a interpretação da mesma, seja ela pelos órgãos judiciais ou pelos próprios indivíduos da sociedade. Porém, ainda