Teoria dos atos de fala
A teoria dos Atos de Fala tem por apoio doze conferências declaradas por Austin e publicadas em seu livro, How to do Things with Words. O livro fala sobre a principal ideia defendida por Austin: “dizer é transmitir informações, mas é também (sobretudo) uma forma de agir sobre o interlocutor e sobre o mundo circundante.”.
Primeiramente, Austin diferenciou dois tipos de enunciados: os constativos e os performativos. Os enunciados constativos são aqueles que descrevem ou relatam um estado de ciosas e, por isso, se sujeitam ao critério de verificabilidade, isto é, podendo ser verdadeiros ou falsos. Já os enunciados performativos são os que não descrevem e não relatam e, portanto, não se submetem ao critério de verificabilidade. São, mais precisamente, enunciados que realizam uma ação.
Depois de muito estudo quanto aos enunciados, Austin conclui que todos eles são performativos porque, no momento em que são enunciados, realizam algum tipo de ação. Sendo assim, ele postula que todo ato de fala é ao mesmo tempo locucionário, ilocucionário e perlocucionário. Esses são os três atos simultâneos que se realizam em cada enunciado.
A Teoria dos Atos de Fala trouxe para os estudos linguísticos os elementos do contexto (quem fala, com quem se fala, para que se fala, onde se fala, o que se fala, etc.), os quais fornecem importantes pistas para a compreensão dos enunciados. Essa proposta de Austin muito tem influenciado e inspirado os estudos posteriores destinados a aprofundar as questões que envolvem a análise dos diferentes tipos de discurso. Com efeito, os atos de fala são, hoje, uma fonte inesgotável de trabalhos tanto na área da Pragmática, quanto na área da Linguística em geral, bem como em