Teoria do ocio
Veblen concluiu que os modelos matemáticos que se baseavam no comportamento racional, propostos pelos teóricos neoclássicos, tinham pouco a ver com os processos econômicos que moldavam a sociedade. As influências das forças históricas e psicológicas eram muito mais importantes na conformação da sociedade capitalista do que apenas o comportamento maximizador e egoísta. Tal pensamento foi condensado no livro “A teoria da classe ociosa”, publicado em 1899. O prólogo começa com a seguinte frase: “A instituição de uma classe do ócio é encontrada em seu melhor desenvolvimento nos estágios mais elevados da cultura bárbara”. Tal conjectura estava baseada nas atividades econômicas exibidas pela sociedade norte americana opulenta da época. Os ricos estavam convencidos que eram diferentes dos demais. As riquezas que ostentavam, não eram simplesmente um “acidente da existência, e sim um reflexo de sua superioridade biológica”. A classe a qual pertenciam estavam livres de atividades servis. “Enquanto outras formas de vida inferiores trabalhavam, eles viviam sem esforço, nada fazendo”. Nesse caso, o ócio era sua definição qualitativa, que deveria ser exposto como forma de poder e superioridade. Não