Regeneração e reparo tecidual
O reparo do tecido danificado pode ser dividido em dois processos: 1- Regeneração resulta na restituição dos tecidos perdidos. Refere-se ao crescimento de células e tecidos para substituir estruturas perdidas. A regeneração requer uma arquitetura de tecido conjuntivo intacto. Ao contrário, a cicatrização com a formação de cicatriz ocorre se a estrutura da matriz extracelular (MEC) estiver danificada, causando alterações na arquitetura tecidual. As arquiteturas da MEC são essenciais à cicatrização da ferida, pois elas fornecem a estrutura à migração celular e mantêm a polaridade celular correta à remontagem das estruturas de multicamadas. Além disso, as células na MEC (fibroblastos, macrófagos etc.) são a fonte de agentes que são críticos à reparação tecidual; 2- Cicatrização pode restaurar as estruturas originais, porém envolve a deposição de colágeno e a formação de cicatriz. A cicatrização é, em geral, uma resposta tecidual a um: a. Ferimento; b. Processos inflamatórios; c. Necrose celular em órgãos incapazes de regeneração.
Atividade proliferativa tecidual.
O ciclo celular consiste nas fases G1 (pré-sintética), S (síntese de DNA), G2 (pré-mitótica) e M (mitótica). As células quiescentes estão num estado fisiológico denominado G0. Os tecidos do corpo são divididos em três grupos com base na sua atividade proliferativa: 1- Tecidos lábeis (tecidos de divisão contínua) as células proliferam-se por toda a vida, substituindo aquelas destruídas. Como exemplo temos as células da medula óssea, tecidos hematopoiéticos e epitélios. Na maioria desses tecidos, as células maduras derivam das células-tronco; 2- Tecidos estáveis (quiescentes) possuem, normalmente, um baixo nível de replicação. No entanto, as células desses tecidos podem ser submetidas à divisão rápida em resposta aos estímulos e são, então, capazes de reconstituir o tecido de origem. Elas estão no estágio G0 do ciclo celular, mas podem ser estimuladas