TEORIA DE RELACAO INTERPESSOAL
Trata de uma análise sobre os conceitos contidos na teoria de Hildegard Peplau, datados de 1952 e associá-los aos preceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira considerando a realidade social e histórica dessa associação. Partiu-se da análise sistemática do livro Interpersonal Relations in Nursing e dos conceitos nele existentes. O estudo foi realizado sob o enfoque da metanálise, que ajudou na compreensão dos conceitos estudados. A partir da análise das duas referências teóricas, compreendemos que os conceitos chaves de Hildegard Peplau ainda hoje são aplicáveis e capazes de orientar com excelência para um cuidado de enfermagem psiquiátrica que atenda aos preceitos organizadores da Reforma Psiquiátrica Brasileira.
A TEORIA DO RELACIONAMENTO
INTERPESSOAL E OS PRINCÍPIOS
DA REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA
O processo interpessoal é o ponto focal do livro de Peplau4, com seus conceitos voltados para o estabelecimento deste tipo de relação. A conceituação em análise é marcada pelo entendimento do relacionamento interpessoal como um processo de aprendizagem. Desse modo, a prática terapêutica deve estar vinculada à necessidade de um conhecimento individual tanto do profissional e cliente, como também da coletividade, para ter aplicabilidade nos contextos de vida das pessoas envolvidas.
Segundo Peplau4, três fatores são necessários para a relação interpessoal ser estabelecida como um processo de aprendizagem: o enfermeiro, o paciente e seus respectivos contextos de vida. Esses fatores dão substratos a três eixos conceituais: conhecer a si - enfermeiro; conhecer o outro - paciente; e o entendimento do ambiente, no sentido ampliado que diz respeito a tudo aquilo que circunda e contextualiza o indivíduo.
Entre as posições de Peplau4 e os princípios da Reforma existe um distanciamento histórico que influencia a utilização de determinadas terminologias. Nos textos sobre a Reforma existe a referência à cidadania. Em Peplau6 aparece a necessidade do relacionamento